Oficina 4 - Recuperação de fragmento da trama dos povos da floresta (curso dágua e área verde em contexto de informalidade ubana): o caso do igarapé Sapucajuba

Apesar da inserção na Amazônia, Belém e as cidades da região em geral perdem massas vegetais e transformam rios em canais de esgoto sanitário muito rapidamente. O adensamento, a extensão da ocupação já existente, a abertura de novas frentes de expansão, são padrões que tem promovido o apagamento de rios e a supressão de massas vegetais dentro, no entorno e fora das cidades. A alienação com relação a natureza também promove exclusão de populações que migraram para a cidade, mas trazem conhecimentos sobre como manter a natureza viva, mas já não dispõem de áreas onde possam produzir a partir da natureza viva. Neste quadro, o projeto Espaço Cidadão promoveu a regeneração e a apropriação das margens do Rio Tucunduba, dentro do Campus da UFPA e agora prepara-se para atuar no Igarapé Sapucajuba, que separa o campus profissional e o campus da saúde. A várzea do Sapucajuba está parcialmente inserida no campus e parcialmente externa a ele, acompanhando o muro que separa o território da UFPA da faixa de domínio da Av. Perimetral, ocupada nos anos 1990 por cerca de 200 famílias que usam o curso d’água como destino de esgoto. Espera-se que no sábado os participantes da oficina participem de caminhada de observação e contato com as famílias. No domingo atividades terão como objetivo o desenvolvimento de estratégias viáveis de esgotamento sanitário, paisagismo, controle urbanístico e economia popular, que contribuam para o planejamento da despoluição do Sapucajuba e a apropriação de sua várzea por espaços de produção e convivência, assim como para a criação de jardins de chuva que colaborem para redução de inundações no campus. A experiência será um piloto para solução de problemas semelhantes em outros contextos citadinos. Organização: Luana Castro, Sâmyla Alves, Giuliana Moraes (UFPA)

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